quarta-feira, 6 de maio de 2020

EZEQUIEL LINS WANDERLEY


zequiel Lins Wanderley nasceu a 27 de outubro de 1872, em Assu-RN, sendo filho de Luiz Carlos Lins Wanderley e de Francisca Carolina Lins Wanderley.  Faleceu em Natal, a 26 de novembro de 1933. A sua produção bibliográfica é assim resumida por Rômulo C. WANDERLEY:Era cronista, teatrólogo e poeta, sendo vasta a sua bibliografia, parte publicada e parte deixada inédita, da qual a maioria escrita para o teatro. Vejamo-la: Os Cajus do Papai (diálogo infantil, em versos); A Tia Quitéria (comédia em versos); A Mortalha de Rosas, episódio dramático, levado à cena no antigo Teatro Carlos Gomes, pela companhia Lucília Peres-Leopoldo Fróis; Balões de Ensaio, Artigos e Crônicas (Natal, 1919). Dos trabalhos inéditos, contam-se: Fora do Sério (versos humorísticos); O Papa-Gerimu, revista de crítica e costumes locais, encenada pelo Ginásio Dramático, no teatro Carlos Gomes; A República dos Bichos, fantasia teatral; Da Tribuna, discursos litero-humorísticos; Rimário, versos; e Êle, Elas… e a Outra…, fantasia lírica, representada também no Carlos Gomes, pela Companhia Regional. A imprensa de Natal sempre contou com a sua presença. Assim é que fundou “O Tentâmen”, “A Evolução” “O Fantoche”, n’”A República”. Em Macau, onde residiu três anos, foi redator dos jornais “A Pátria” e “Fôlha Nova”. De todos seus trabalhos, o mais importante é o livro Poetas do Rio Grande do Norte, publicado em 1922, pelo governo do Estado. É uma coletânea de poetas norte-rio-grandenses, de Nísia Floresta a Adriel Lopes, ou seja, de 1810 a 1930. Fonte: WANDERLEY, Rômulo C. Panorama da Poesia Norte-Rio-Grandense: Ezequiel Wanderley. Rio de Janeiro: Edições do Val LTDA, 1965. Páginas 262-263. O seu falecimento foi noticiado da seguinte forma:“Ezequiel Wanderley – Faleceu nesta capital, na madrugada de domingo último, o estimado cidadão sr. Ezequiel Lins Wanderley funcionário estadual aposentado e antigo jornalista conterrâneo, tendo também deixado apreciada bagagem literária em prosa e verso.O extinto contava sessenta anos de idade. Casado com a sra. Claudina Wanderley, deixa os seguintes filhos: sta. Dulce Wanderley, professora do grupo Escolar Antônio de Sousa, dr. Oscar Wanderley, advogado, professor da Escola Normal e o jovem Genar Wanderley. Era irmão, o extinto, do dr. Celestino Wanderley, Juiz substituto federal neste Estado, deixando também muitos sobrinhos e netos. O seu enterro realizou-se ontem no cemitério do Alecrim, tendo grande acompanhamento”. A Republica, Natal, quarta-feira, 29 de novembro de 1933, p. 8. Sugestão de pesquisa: WANDERLEY, Sandoval.Ezequiel. Revista da Academia Potiguar de Letras, Ano VII, n. 2, p. 37-49, 1964
FONTE – ASSU NA PONTA DA LÍNGUA

SOBRE EZEQUIEL WANDERLEY



Ezequiel Lins Wanderley era da cidade de Assu (RN) onde nasceu em 1872 provavelmente no sobrado conhecido como Sobrado da Baronesa onde teria nascido e morado seu pai Luiz Carlos Lins Wanderley influente político chegando a ser deputado e presidido a província do RN, além de ter sido peta, o primeiro romancista potiguar escrevendo o romance intitulado Mistério de Um Homem Rico (em dois volumes), bem como o primeiro médica da terra norte-rio-grandense, formado na Bahia. Ezequiel faleceu em Natal. Autor de muitos livros, foi teatrólogo, jornalista, escreveu a primeira antologia dos poetas potiguares, em 1922. Fundou em Natal a revista O Tetamem,  A Evolução, O Porvir, O Fantoche A Tribuna, colaborou em diversos e importantes jornais de Natal. É de sua autoria o soneto sob o título Página Intima que ele dedicou a sua única filha, conforme transcrito adiante:

Que sejas sempre assim - a imagem da ternura,
E o doce lenitivo as dores dessa dor...
Trazendo a solidão de minha noite escura
Uma réstia de luar e um perfume de flor.

Vive para eu viver de graça e da candura
Que me vem de teu gesto airoso e encantador...
Nada vale - a riqueza, o orgulho, a formosura,
Se o azul desse afeto e as rosas desse amor.

Se o perdão purifica, enleva, aperfeiçoa,
Teu riso, aberto a flux, suavíssimo, sereno
Faz de min'alma triste, a alma alegre e boa!

Que esse amor filial, meu doce amor, não mudes
Da que possa rever, em teu perfil moreno,
- A cerúlea visão de todas as virtudes.


FERNANDO CALDAS

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